quinta-feira, 5 de agosto de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Salvador sedia evento do Projeto JA

Começou ontem mais uma etapa do ciclo de formações do Projeto JA - Juventude em Ação. A atividade acontece no Hotel Vila Mar, em Salvador, até quinta-feira (05 de agosto) e reúne cerca de 65 estudantes e professores de sete municípios baianos. Na abertura, o Superintendente de Desenvolvimento da Eduação Básica, professor Nildo Pitombo, deu as boas vindas ao grupo e ressaltou a importância da educação ambiental para as relações entre a escola e a comunidade. "A educação ambiental precisa ocupar os poros do tecido curricuar", destacou Pitombo.
A coordenadora de Educação Ambiental do Estado da Bahia, Solange Alcântara, apresentou as diretrizes da educação ambiental e os objetivos do Projeto JA. A abertura contou, ainda, com a particpação de Lilite Cintra, representando a Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental - CIEA. Lilite destacou a importância das trocas de experiência entre as gerações, como um princípio fundamental da educação ambiental. Durante a formação, educadores e estudantes terão a oportunidade de sonhar com a escola do futuro e planejar ações concretas voltadas para a qualificação do ensino público no estado da Bahia.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Suçuarana ambiental

Nunca se falou tanto em preservação do meio ambiente, estamos vivendo num tempo onde é necessário a sociedade refletir nesse sentido. Dessa forma, aprendemos que devemos lutar pelos nossos objetivos e procurar fazer um mundo melhor para todos igualitariamente. Mas, não é poluindo e nem desmatando, como a maioria das pessoas pensa, que iremos evoluir em uma sociedade.

Para exemplificar que não é desta forma que o mundo deve evoluir, em minha escola, Colégio Estadual Costa e Silva, fizemos um projeto sobre preservação ambiental: Os Elementos da Natureza. Tivemos como foco os elementos da natureza onde expomos opiniões de como deveríamos conviver em união com meio ambiente; apresentamos o projeto para a comunidade por meio de vídeos de conscientização; distribuição de panfletos e realização de palestras com engenheiros agrônomos, geógrafos, membros do poder público municipal e um representante da Fundação Chico Mendes - Flona. Foi feita a apresentação da Carta das Responsibilidades que foi entregue ao poder público, pedindo atitudes sobre a preservação do nosso meio e, principalmentes do Rio das Contas que corta nosso distrito.

Para mim, é de fundamental importância este tipo de ação. Se em todas as escolas fossem tomadas estas atitudes poderíamos mudar a cara do nosso município e consequentemente do planeta, e assim acabaríamos com este problema que a maioria dos cidadãos não dá a devida importância. Mas, podemos mudar isto. Somos jovens com voz ativa e devemos fazer como os caras-pintadas: ir às ruas para conquistar e reivindicar aquilo que nos cabe, um mundo melhor, sem poluição, sem desmatamento e desordens. Se continuarmos asim, o mundo vai acabar morrendo e, junto a ele, iremos nós. Este não é o futuro que eu sonho e que, possivelmente, você tambem não deve querer.

Mude enquanto há tempo! Vamos fazer do mundo um lugar melhor para viver. Preservar é preciso!
Texto: Iago Silva Correis 18 anos - Distrito de Suçuaruna, Tanhaçú / BA

Conquista JA !!!!

















Começou dia 20 de julho, em Vitória da Conquista, as atividades do Projeto JA. No friozinho local (e bota frio nisso!), o calor dos participantes aquece a vontade de planejar e propor ações em prol do Meio Ambiente. Nas boas vindas o professor Ricardo, representante da Direc 20, lembrou a importância do protagonismo juvenil e do papel dos jovens nos movimentos de luta e conquistas na história do nosso país, ressaltando a importância do jovem nesse movimento de luta pela vida, pelo meio e pela educação nos dias atuais.
Durante todo o processo de formações do projeto JA a relação entre professores e estudantes é muito produtiva e é dessa parceria que conseguiremos mudar a realidade das escolas e do nosso meio.  Professores e estudantes podem agir juntos para formar as Com-vidas nas escolas da região de Itapetinga, Vitória da Conquista, Sertão produtivo e Médio Rio das Contas.
Já o GT de Educom já têm nome e muita vontade de construir coletivamente, o 3 Rê (pra quem não entendeu, 3 erres) está trabalhando pra contar um pouquinho das vivências e experiências realizadas nesses três dias de formação.





quarta-feira, 2 de junho de 2010

Lenda do Vapor Encantado


pense e pare!!!!!!!!


Pensamentos...

Educação Ambiental: frases e sensações




Contribuição do professor Deutson Souza, CETEP-Ibotirama.

Saiba mais sobre o Oiti



O oiti é o fruto do oitizeiro (Licania tomentosa), árvore da família Chrysobalanaceae que pode atingir altura entre 8 a 15 metros. Espécie típica da flora brasileira, esta árvore encontra-se em abundância no nordeste brasileiro, em especial nas áreas ocupadas pela Mata Atlântica. Devido ao seu caráter genuinamente regional, o oitizeiro é uma árvore-símbolo da Região Nordeste, com grande valor simbólico principalmente no estado de Pernambuco.


Procedente das restingas costeiras do Nordeste do Brasil, o seu fruto é uma drupa elipsóide ou fusiforme, casca amarela mesclada de verde quando madura, cerca de seis a oito cm de comprimento; polpa pastosa, pegajosa, amarelada, de odor forte, caroço volumoso e oblongo. (Andrade et al. 1998). É muito usada na arborização urbana por sua copa frondosa que dá ótima sombra. As folhas são muito apreciadas pela fauna em geral. A sua madeira é de ótima qualidade para diversos usos, como postes, estacas, dormentes e construções civis. Também devido os seus frutos comestíveis, com amêndoas ricas em óleo.

Fonte: wikipedia
Pesquisa feita pelas alunas Tammy Martins, Camila Clara, Gabriele Rayla e Iane Castro
(Escola Presidente Médici, Ibotirama-BA)

Poesias de Ibotirama


Poemas trazidos pelas alunas Camila Clara e Gabriela Rayla, 12 anos
(Escola Estadual Presidente Médici, Ibotirama)

Ibotirama: começam as atividades do Projeto JA








Foi com muita animação e cultura que foram iniciadas, no dia 01 de junho, as atividades do Projeto JA – Juventude em Ação, uma iniciativa do Programa de Educação Ambiental da Secretaria de Educação do Estado da Bahia – SEC. Crianças e adolescentes da Escola Estadual Presidente Médici, de Ibotirama, apresentaram canções, danças e uma peça teatral com a temática do meio-ambiente. As atividades integram o “Projeto Meio Ambiente”, que tem a coordenação da professora Polyana Porto. Após as apresentações culturais, a diretora da Direc 22, Lucimara Pereira da Silva, deu as boas vindas a todos os estudantes, professores e gestores presentes no evento. Fábio Barbosa e Ian Aguzzoli, representantes da SEC, também deram as boas vindas ao público presente e apresentaram a proposta de trabalho. No período da tarde, o grupo participou de uma atividade de educomunicação e foi formado o GT de Educomunicação que irá fazer a cobertura jornalística do evento. As atividades seguem até a próxima quinta-feira, dia 03 de junho.


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Entrevista: Macaca Seca

Entrevista realizada por Henrique, Miguel Calmon.
Entrevistado: Wash Alves Batista, professor de inglês, escritor e contador de historia de Juazeiro.
Professor Wash fala, nessa entrevista, sobre o "Gibi da Macaca Seca”, que já está em sua segunda edição e em breve será lançada uma edição especial com o tema da Copa do Mundo. O principal objetivo do projeto é despertar, incentivar e aperfeiçoar o processo da leitura, através de estórias e lendas locais.

Comunicajá – O que o levou a escrever esse gibi?
Wash – O prazer de resgatar a leitura e para que haja comunicação.

Comunicajá – Quais são os personagens principais do gibi?
Wash – o urubu do pé cinzento, o gato da cara perebenta, o cachorro saci

Comunicajá – Como é dividido esse gibi? E do que se trata?
Wash – São três edições. A primeira: “A surpresa dos animais”. A segunda: “Onde e como tudo começou”. A terceira ainda será lançada: “Os animais e a princesa do São Francisco.” A idéia é lançar em junho e vai tratar um pouco sobre as lendas locais.

Comunicajá – Quais são as lendas que se destacam em Juazeiro?
Wash – Temos o Nego D’Água; Macaca Seca; A serpente da linha do fogo

Comunicajá – Destaque um pouco sobre a lenda da macaca seca e a serpente da ilha do fogo.
Wash – Bom, a macaca seca é uma lenda que começa em uma estação com uma velha que passava a maior parte da sua vida nessa estação esperando o trem. Durante o dia era uma mulher. A partir da noite ela se transformava em uma macaca que secou, seu rosto enrugou de tanto esperar o trem chegar. O objetivo dela é proteger essa estação. Ela não deixa ninguém chegar perto dessa estação. A serpente da ilha do fogo é uma serpente que é presa com uma corrente de apenas três anéis e quando essa corrente se quebrar e a serpente se soltar Juazeiro vai inundar. Como é uma lenda, essa serpente não se soltará.

Comunicajá – Para fechar, o senhor já escreveu para alguma editora?
Wash – Já escrevi para jornais e já escrevi crônicas.

Mandacaru flor do sertão...

(...)
Mandacaru
Uma flor dessa do sertão
Uma flor de cardo
Pra alegrar meu coração

(...)
Pelo correio ou de caminhão
Num barco do são francisco
Peço que você se apresse
Que a saudade é ruim

Manda, caru
Flor de mandacaru prá mim

Chico César (trecho da música Flor de Mandacaru)

O mandacaru (cereus jamacaru) é uma planta da família das cactáceas bastante comum em regiões semi-áridas. No Brasil, é praticamente um símbolo do bioma Caatinga. Símbolo de resistência à seca, o mandacaru se confunde com a própria luta pela sobrevivência do homem sertanejo. Euclides da Cunha na obra “Os Sertões” já afirmava que “o sertanejo é antes de tudo, um forte”, assim como o mandacaru, o homem da caatinga estabelece uma relação com esta planta de cumplicidade e reciprocidade. Ela armazena água em seu interior, ajudando os animais a matar a sede na época das grandes estiagens que periodicamente atingem essa região. Abaixo algumas curiosidades sobre o mandacaru.



Texto: Professor Marconi Denys - Colégio Estadual de Quixabeira / BA




Escola Geo-Petrolina denuncia preconceito em livro de geografia

A professora Josélia Ribeiro, do Colégio Modelo de Juazeiro, durante a atividade do Projeto JA em Juazeiro trouxe a informação que o setor pedagógico da escola Geo-Petrolina recebeu da Editora Moderna um material para ser adotado em sala de aula, o livro intitulado “Caatinga: a paisagem e o homem sertanejo”, da autoria de Samuel Murgel Branco, professor da Universidade de São Paulo – USP e consultor da Organização Mundial da Saúde - OMS. No entanto, de acordo com o que foi divulgado pela escola, o livro, que já está em sua 2ª edição, aborda a realidade do sertão de forma bastante preconceituosa.

A escola Geo-Petrolina apresentou um estudo à imprensa e uma moção de repúdio à câmara de vereadores de Petrolina, pois, segundo eles, em trechos da obra, o autor descreve a vegetação do semi-árido como tendo “aparência ressequida, tortuosa e agressiva e o homem sertanejo é de aparência indolente e tostado pelo sol, com a pele esturricada como as próprias plantas espinhentas e retorcidas que o cercam”. Ainda ressalta que “o caboclo é o único ser humano capaz de sobreviver nessas terras”.


Mais informações:

http://www.moderna.com.br/catalogo/encartes/85-16-03606-5.pdf
http://historiavermelha.blogspot.com/2009/07/colegio-geo-petrolina-denuncia-livro.html

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Poesia Estudantil

Pensamentos...




Juazeiro e o Mandacarú



As atividades do Projeto JA – Juventude em Ação em Juazeiro-Ba começaram nesta terça feira, 26 de maio, com muita animação e construção coletiva. Na abertura oficial do evento, Bento Salvino da Silva e Isabel Cristina Rosa, coordenadores pedagógicos da Codeb/Direc 15 deram as boas vindas aos professores e estudantes presentes na atividade. O projeto Juventude em Ação foi apresentado pela professora Solange Rocha, coordenadora do Programa de Educação Ambiental da Secretaria de Educação do Estado da Bahia – SEC. Durante todo o dia, educandos e educadores debateram sobre os fatos ambientais que marcaram o contexto global e local. Aspectos da realidade do semi-árido baiano foram destacados pelos participantes. As atividades do grupo de educomunicação também foram iniciadas. “Mandacaru” é o nome de batismo do GT que está com muita disposição para mostrar ao mundo as belezas, as lutas, as conquistas, a identidade do homem e da mulher sertaneja.




terça-feira, 18 de maio de 2010

A Pedagogia da Roda

Estar na roda é o primeiro passo de nosso trabalho. E isto começou há muitos anos. Precisamente em 1984, na cidade de Curvelo/MG, “a capital de minha literatura”, como dizia Guimarães Rosa. Naquela oportunidade, eu estava trabalhando com as 35 escolas municipais, a maioria situada na zona rural. Nos primeiros dois meses, a única coisa que recebia delas eram listas contendo suas necessidades materiais. Em geral, faltava tudo: livros, cadernos, giz, comida, material de limpeza, carteira, água, material de apoio. E a rotina até então no Departamento de Educação era carimbar estas listas e repassá-las para o almoxarifado da prefeitura.Como imaginava que aquela situação não iria mudar tão cedo, resolvi convocar os professores para uma conversa.Não sou almoxarife, nem gerente de supermercado, nem posso ficar dependendo de outros. Sou educador. E a minha questão é: dá para fazer educação, mas de boa qualidade, sem escola, já que as escolas nas quais vocês trabalham não oferecem condições ?

Como um corolário destas, surgiu outra questão, que virou um mote para um seminário:
- Será que dá para se fazer essa educação - de boa qualidade - debaixo do pé de manga, já que aqui o que mais tem são mangueiras?
Nos primeiros minutos, todas ficaram em silêncio. Passado o susto inicial, algumas começaram a balbuciar: “não sei...”, “ninguém”. Resolvemos fazer algumas experiências. Não tínhamos outra alternativa. O jeito seria aprender a aprender. Um grupo de professoras do pré-escolar resolveu correr o risco. Naquele momento elas tinham como “programa”, desenvolver atividades de “coordenação motora” e “criatividade”. Na prática, isto acontecia assim: pegavam uma folha mimeografada onde havia um pato desenhado. A tarefa era fazer os meninos colorir o pato.

Em tempo, ah! se algum garoto quisesse colorir o seu pato de azul, levava logo um bronca: “já viu pato azul?”. Então todos coloriam o pato de amarelo e no lugar certinho. Ao final da aula, a professora dependurava todos os desenhos (iguais) num barbante, o esticava e criava assim o “varal de criatividade” (einh!?). Bem, algumas professoras tentaram desenvolver este “conteúdo programático” literalmente lá debaixo da mangueira. Uma delas deu o seguinte depoimento:

- “Foi até bom, por causa do calor, lá é mais fresco, mas seria melhor se a gente pudesse ter umas carteiras e se pudesse pregar um quadro negro na árvore”. Neste caso, eu respondia:

- Professora, é melhor a senhora voltar para sua sala, ao invés de matar a mangueira. Em outras palavras, sem a infra-estrutura esta professora não conseguia trabalhar.
Outras professoras também foram com suas folhas mimeografadas (“o patinho”). Mas vendo que não havia condições de colori-las na perna ou no chão, resolveram recolhê-las. Algumas mudaram o dito “conteúdo”. Outras, poucas, pediram para as crianças fazerem seus “patinhos”, mas já que não podiam colorir, que usassem o que tinham à sua volta: folhas, sementes, paus, pedra, terra, etc. E os resultados foram patinhos, oncinhas, gentinhas, casinhas, historinhas, etc. Ao voltar para dar seu depoimento, uma destas professoras comentou:

- “Engraçado, eu pensei que os meninos fossem virar uma fumaça lá debaixo da árvore, pois na sala eles só ficam falando “tia, posso ir no banheiro”, “tia, posso ir lá fora”; eu pensei, lá fora, eles iam sumir. Aconteceu, porém um negócio engraçado: eles ficaram mais ligados do que normalmente. Eu não precisei chamar a atenção, nem gritar. Eles estavam mais disciplinados do que quando estão na sala... Parece que havia uma disciplina assim... na cabeça deles...”

- Disciplina como, professora? Provoquei eu.

-“Disciplina...assim...disciplina na cabeça... intelectual”, conseguiu sintetizar ela depois de algum tempo.

Foi a oportunidade que eu queria. Peguei um livro, abri e entreguei para esta professora ler. Ao que ela comentou:
- “Hum, cansei de ler este cara e nunca entendi nada...hum!..” Era Paulo Freire. E ela leu o seguinte: “...só há aprendizagem quando há disciplina intelectual, vontade, interesse...”
- Pronto! Professora, pode devolver o livro!, lhe disse.
- “Ah, então é isso?! Não sabia!”, concluiu ela.
Naquele momento, descobrimos a “pólvora”: Paulo Freire não é para ser lido, mas para ser praticado. E o homem se fez em verbo. E nunca mais deixamos de conjugá-lo e sempre no presente do indicativo: eu paulofreire, tu paulofreiras, ele paulofreira, nós paulofreiramos, vós paulofreirais e eles paulofreiram.

E foi dessa experiência que brotou, como que naturalmente, os princípios metodológicos de nossa proposta:

- Como praticar Paulo Freire?

- E o mais elementar de seus conceitos, a coluna vertebral de sua metodologia: ação - reflexão - ação. Como fazer isso?

Pronto! Acabamos de descobrir (ou reinventar) a roda. A roda seria o início e o fim de nossos trabalhos. Seria o nosso jeito de praticar “ação-reflexão-ação”. O nosso primeiro projeto recebeu o nome de “sementinha ou a escola debaixo do pé de manga”. E era de fato uma sementinha, nova, atrevida, teimosa e persistente.

O nosso projeto, antes de ter qualquer objetivo, nasceu com uma lista de “não-objetivos educacionais[1]”. A nossa estratégia de trabalho estava definida: se nos policiássemos para não praticar ou reproduzir tudo o que recusávamos como prática educativa, que denominamos “não-objetivos”, teríamos lucro. E assim esta sementinha foi sendo plantada, adubada, tratada, replantada, aguada...crescendo.

Com o tempo, o andar na contra-mão das práticas educativas tradicionais, o aprendizado dos erros e a sistematização dos acertos, nos deu a estrutura metodológica que, em linhas gerais, pode ser assim delineada:
- O espaço que denominamos “escola” é o bairro onde vivem os alunos. Os seus “muros ” são os limites do bairro e das pessoas;

- As “salas de aula”, “laboratórios”, “biblioteca”, “quadras de esporte” são as sombras das árvores, o alpendre ou quintal das casas, as praças públicas, etc.
- O “conteúdo programático” desta escola é a cultura - os saberes, os fazeres e os quereres – produzidos, vividos e desejados por esta comunidade;
- Os “educadores” são todos os que entrarem na roda, sejam crianças, pais, educadores, etc.
Na roda todos opinam e sugerem. E todas as opiniões e sugestões são valorizadas. Não pode haver exclusão de propostas, nem votação. Há, sim, consenso do grupo e definição de prioridades. Por isto afirmamos que todos que participam da roda são educadores, independentes da idade, altura, sexo, etc.
Assim desenvolveu-se o “Sementinha”: agindo, refletindo, agindo. Consolidou-se como metodologia e referência educacionais. Transformou-se em política pública. Serviu de base para todos os demais projetos educacionais desenvolvidos pelo CPCD.

A pedagogia da roda do “Sementinha”[2] gerou a pedagogia do brinquedo do “Ser Criança”[3] [CPCD1] e possibilitou a pedagogia do sabão das “Fabriquetas”[4]. E é a partir deste triângulo metodológico que o CPCD atua e pretende cumprir sua missão institucional, em benefício da população deste país.

Tião Rocha é antropólogo (por formação), educador popular (por opção) e folclorista (por necessidade). Fundador e presidente do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento - CPCD, organização não governamental sem fins lucrativos, fundada em 1984, em Belo Horizonte/MG


[1] Para conhecer os “não-objetivos” educacionais, entre no nosso site ou envie-nos um e-mail solicitando. http://www.cpcd.org.br/

[2]Considerado “exemplo de modelo educacional para os países do 3º Mundo” pela OMEP -Organização Mundial de Educação Pré-Escolar, no Congresso da Tchecoslováquia, 1987.

[3]Grande vencedor do 1º Prêmio Itaú-Unicef “Educação & Participação”, em 1995, o 1° lugar entre 406 concorrentes de todo o Brasil, “como a melhor e mais efetiva contribuição para a escola pública brasileira”.

[4]Responsável pela criação da Cooperativa “Dedo de Gente” dos produtores artesanais e indústrias caseiras do centro e norte de Minas Gerais, a 1ª cooperativa brasileira formada exclusivamente por jovens e mulheres participantes de fabriquetas comunitárias.


[CPCD1]- Vencedor em 1º lugar do Prêmio Itaú-Unicef “Educação & Participação”/ 1995, entre 406 concorrentes de todo Brasil, “como a melhor e mais efetiva contribuição para a escola pública brasileira”.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A surpresa vai rolar!

Pessoal, não desanimem.
Por problemas técnicos, precisamos adiar um pouco a nossa surpresa.
Mas, se preparem...
Temos certeza que vocês vão adorar!!!

Continuem acessando o Comunicajá!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Maramata - Transformação Socioambiental

Por Professoras Alzira Farias e Solange Abobreira

Inaugurada em junho de 1997, a Universidade Livre do Mar e da Mata - Maramata é uma fundação com autonomia própria, mantida pela Prefeitura Municipal de Ilhéus-BA. Na sede da Maramata, funciona o Museu do Mar e da Capitania com um acervo com algumas espécies marinhas, quadros, livros que trazem a história da capitania de Ilhéus.

O objetivo principal da Maramata é difundir a temática da Educação Ambiental no município. Os trabalhos realizados pela fundação envolvem palestras, conferências, seminários, edição de cartilhas e oficinas de reciclagem que são oferecidas a classe estudantil e comunidade em geral, principalmente, pessoas em situação de risco social.

Um dos projetos desenvolvidos pela fundação é o "Sala Verde", fruto de uma parceria entre a instituição e o Ministério do Meio Ambiente que tem como meta difundir a Educação Ambiental a partir da divulgação de diversos materais sobre a questão ambiental. São publicações utilizadas por educandos e educadores do ensino fundamental ao superior.

Vale ressaltar, ainda, outras iniciativas da Maramata, como Bolinha de Papel, Reaproveitamento de águas da chuva, Horta na Escola, Balneabilidade das Águas, entre outros.


Venha conhecer a Maramata! Nossa sede fica no Bairro do Pontal, Nova Brasília - Ilhéus / Bahia.

Funcionamento: Segunda à Sexta de 8h às 17h

Telefone: 73 3632 3474 / e-mail: maramataios@gmail.com

A História das Coisas


História das Coisas é um documentário de 20 minutos que revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais. É um alerta para a urgência de criarmos novas relações para um mundo mais sustentável e justo.


Baixe a versão em português em: http://sununga.com.br/HDC/ ou clique na imagem.

Segundo dia: Criatividade Coletiva

O curso de formação do Projeto JA, em Ilhéus, continua animado. Professores e estudantes, juntos, produzem, dialogam, apontam desafios e relatam experiências exitosas que desenvolvem em suas escolas e comunidades. Durante a manhã de hoje, temáticas como ética, valores e moral foram debatidas entre o grupo que de forma bastante criativa, com teatro, música e hip hop deixaram sua mensagem. A tarde, o grupo iniciou as atividades como uma aula experimental de Biodança com o professor Wellington Enguer. Troca de energia, cuidado com o outro e muita alegria marcaram o momento. Em seguida, a Carta da Terra foi debatida entre o grupo que também dialogou sobre as diferentes linhas da Educação Ambiental.


Fotografias de: Alexsander, Alzira, Léo e Luma

terça-feira, 11 de maio de 2010

Flores!


Abertura Oficial - Ilhéus

Na abertura oficial das atividades de formação do Projeto Já - Juventude em Ação, os representantes das Direcs e da Secretaria Estadual de Educação (SEC) ressaltaram a importância da participação dos jovens na construção de propostas em educação ambiental. A coordenadora do Programa de Educação Ambiental da SEC, Solange Alcântara, destacou que o objetivo do projeto é iniciar reflexões e buscar caminhos de forma coletiva. "Precisamos andar juntos para promover qualidade de vida a todos os seres vivos", destacou Solange. Para o representante da Secretaria Municipal de Educação de Ilhéus,Senildo Paulino, é necessário que a educação ambiental seja discutida de forma mais ampla para que possa se tornar uma política de estado.

Conceito Coletivo

Pensamentos...

Macucos alçam vôo....

Começamos hoje o primeiro dia de formação em Educação Ambiental do Projeto Já - Juventude em Ação, uma iniciativa da Secretaria de Educação do Estado da Bahia.

Hospedados no confortável Hotel Aldeia da Praia - Ilhéus, cerca de 60 pessoas, entre estudantes, professores e coordenadores pedagógicos estão participando das atividades.

O ComunicaJá está no ar e o primeiro Grupo de Trabalho (GT) já está formado. Educandos e educadores estão juntos no GT Pássaro Macuco para produzir textos, ilustrações, fotografias...sensações e desejos! O nosso trabalho está apenas começando!
Vamos lá macucos, voar...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Bem - vind@s ao comuniCAJÁ



Olá a todos e todas do Projeto JA,

Nosso blog, ComuniCAJÁ, é um espaço coletivo, criado para possibilitar a continuidade e a comunicação das vivências realizadas durante a formação em educação ambiental do Projeto Já. Nele, além de saber notícias do projeto, vocês poderão compartilhar mensagens, idéias, críticas, sugestões, pontos de vista...
A partir das vivências nas oficinas do Projeto JA - da Secretaria de Educação do Estado da Bahia -, vamos elaborar uma publicação impressa que será distribuída nas escolas da rede estadual de ensino baiana participantes do projeto. A publicação será uma ferramenta de mobilização importante no processo de construção das Agendas 21 nas escolas. Acessando e participando do ComuniCAJÁ você poderá contribuir com a construção dessa produção que deve ter a sua cara, a nossa cara, a cara da Bahia!

A articulação desse espaço virtual é, também, uma oportunidade de experimentar uma prática educomunicativa, que pressupõe uma construção dialógica e participativa, estaremos juntos num processo editorial online! Todos aqueles que participaram das oficinas de formação previstas no Projeto JA poderão interferir e contribuir com a linha editorial da publicação que envolve: redação de textos, fotografia, diagramação e edição.

E de que forma acontece essa interferência? Vocês são os responsáveis pela produção de conteúdos textuais (crônicas, poesias, frases, cordéis, reportagens, entrevistas, notas) e conteúdos gráficos (fotografias, ilustrações, charges, tirinhas em quadrinho, graffiti...) que tragam como temática a questão ambiental. A idéia é que os conteúdos retratem os eventos e discussões que estão acontecendo nas suas escolas e comunidades.

O material deverá ser entregue a jornalista que facilitará essa metodologia durante os eventos de formação ou enviado por e-mail (comunicaja@gmail.com). Desta forma, vocês podem continuar enviando conteúdo para a publicação mesmo após ter sido encerrado o ciclo de oficinas em sua região.

No Blog faremos a edição e diagramação de todo conteúdo enviado e seleção do material que será adicionado à publicação impressa. Por isso, é muito importante que vocês acessem, deixem comentários e opiniões e, principalmente, que divulguem o endereço do Comunicajá (www.comunicaja.blogspot.com) no ambiente escolar. O papel de vocês é fundamental para fazer com que as informações ambientais circulem e para que a publicação resultante desse processo participativo seja um retrato fiel dos seus anseios, proposições, desejos, propostas e expectativas.

Vamos lá! Os trabalhos estão apenas começando...
Equipe de Comunicação do Projeto JA

Calendário de Oficinas